segunda-feira, 18 de junho de 2007

Mangá

O ano de 1997 foi um período bastante produtivo para mim. Foi a época em que fui aluno do pessoal do Visuart (Marcos Pinto, Daniel HDR, Jerônimo de Sousa, Marcelo Silveira, Jefferson Barbosa). Aprendi um bocado de coisas com estes caras. Com este aprendizado meu trabalho deixou de ser "rabiscos de fundo de sala de aula" e passou a adquirir técnicas mais profissionais. Tecnicamente falando, meus desenhos passaram a ser reproduzíveis pois comecei a usar os suportes e os materiais corretos. Foi também nesta época que descobri o Mangá, o jeito japonês de se fazer quadrinhos. O cara que mais me influenciou neste estilo com certeza foi o Marcos Pinto. Hoje é bem comum você ir até uma banca e comprar um gibi de Mangá, mas em 1997 conseguir uma revista destas carecia de um certo garimpo pelas bancas e lugares afins. Marcos Pinto era a nossa referência seja para nos orientar ou conseguir material para apreciação. O fanzine Dojinshi surgiu para suprir a necessidade de um veículo que se dispusesse a publicar o material de quem quisesse beber desta vertente. Participei de três números deste zine e foi nele que criei o "super-anti-herói" Ganov. Ganov era um super-herói búlgaro (!) que atuava no Brasil, tinha poderes de super heróis americanos e era feito no estilo Japonês. Uma porcaria. Apesar disso, suas páginas participaram de algumas exposições e sua primeira história foi publicada em mais dois zines fora o Dojinshi. O herói depressivo que sempre deixava saldo negativo em suas tentativas de ajudar o próximo até que fez um relativo sucesso.

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