
Houve uma época em minha vida que eu fui uma tanto quanto exacerbado no diz respeito a nacionalismo. Só ouvia Legião Urbana, livros somente de autores nacionais e quadrinhos preferencialmente com artistas brasileiros. Realmente me incomodava ver adolescentes idolatrando (embora eu também o fizesse) os quadrinhistas americanos. Ficava pensando nos bons artistas que tinha-mos por aqui trabalhando e mostrando sua arte no universo underground. Na minha opinião o sol deveria brilhar para todos e os consumidores de quadrinhos e produtos afins deveriam também dar uma pouco de atenção para o que era produzido por aqui.
Hoje reconheço que foi apenas uma fase da minha vida, um pensamento que se foi do mesmo modo que veio. Hoje penso que o espaço deva ser conquistado pela sua qualidade e não por nacionalidade. Se os quadrinhos gringos aparecem mais que o nosso, talvez seja porque são realmente melhores, cabe a nós então produzir mais e melhor e deixar de se lamentar.
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